Friday, September 29, 2006

Dor...

Hoje não tem foto, nem texto. Não sinto vontade de dizer muita coisa. Essa semana perdi uma parte de mim, uma pessoa que só quem conheceu pode dizer o quanto é especial e única. Nunca tinha perdido alguém tão próximo. Só quero que Deus o guarde e ilumine, que o cubra com seu manto de carinho, pois um dia iremos nos encontrar. Beijos grandes do tio que te ama muito...

Friday, September 22, 2006

Infinito Desejo


Ah! Infinito delírio
Chamado desejo
Essa fome de afagos e beijos
Essa sede incessante de amor
Ah! Essa luta de corpos
Suados
Ardentes e apaixonados
Gemendo na ânsia
De tanto se dar
Ah! de repente o tempo estanca
Na dor do prazer que
Explode
É a vida é a vida, é a vida
E é bem mais
E esse teu rosto sorrindo
Espelho do meu no vulcão
Da alegria
Te amo, te quero meu bem
Não me deixe jamais

Sunday, September 17, 2006

Cajueiro Velho


Cajueiro velho
Vergado e sem folhas
Sem frutos, sem flores
Sem vida, afinal
Eu que te vi
Florido e viçoso
Com frutas tão doces
Que não tinha igual
Não posso deixar
De sentir uma tristeza
Pois vejo que o tempo
Tornou-te assim
Infelizmente também a certeza
Que ele fará o mesmo de mim
Já tenho no rosto
Sinais de velhice
Pois da meninice
Não tenho mais traços
Começo a vergar como tu, cajueiro
Fui teu companheiro
Dos primeiros passos
Portanto
Não tens diferença de mim
Seguimos marchando
Em uma só direção
Apenas me resta da vida o fim
E da mocidade a recordação
***
Amo de paixão essa música, tem uma sensibilidade que fascina ao comparar a nossa vida com a do cajueiro. Se vocês tiverem oportunidade ouçam essa música cantada por Alcione e Rita Ribeiro. Composição de João Carlos.

Praia



Essa é a barraca Atlantidz, na Praia do Futuro, Fortaleza. A polêmica continua?! Acabar ou não com essas barracas? Eu, particularmente, acho que não. Afinal, já estão há tantos anos assim, por que mudar? Sem falar que a Praia do Futuro é uma das poucas opções de praia urbana que o Fortalezense tem no fim de semana.

Saturday, September 16, 2006

Avesso


Pode parecer promessa
mas eu sinto que você é a pessoa
mais parecida comigo
que eu conheço
só que do lado do avesso
pode ser que seja engano
bobagem ou ilusão
de ter você na minha
mas acho que com você eu me esqueço
e em seguida eu aconteço
por isso deixo aqui meu endereço
se você me procurar
eu apareço
se você me encontrar
te reconheço
***
Alice Ruiz

Wednesday, September 13, 2006

Reflexão...


“Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos.Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar.Outras vezes usa doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde.Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar sobre água.Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar.Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida“.
***
Fernando Pessoa

Tuesday, September 05, 2006

Amor


Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina ser doer
É um não querer mais que bem querer
É um solitário andar por entre a gente
É não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos, amizade
Se tão contrário a si é o mesmo amor
***
Luís de Camões

Poema XLIV


Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.
***
Pablo Neruda
Poema retirado de Cem Sonetos de Amor

Friday, September 01, 2006

Eu


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo para me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
***
Florbela Espanca